terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Última Postagem de 2011

Prezados leitores e seguidores do Pra Gente Rir:

É com muita alegria que chegamos a última postagem do ano de 2011. Um ano em que explodiu um novo sucesso, que é o blog Pra Gente Rir. Esperamos manter o sucesso do blog em 2012, com mais postagens engraçadíssimas, promoções inéditas e muitas novidades!

A equipe já está se reunindo com um novo projeto para 2012, que incluí muitos objetivos a serem alcançados, dentre os quais destacamos a meta de 10.000 visualizações até o final do ano que vem!

É isso aí... Desejamos a todos um Feliz 2012, repleto de felicidades, conquistas e muita paz. E lembrem-se: águas passadas não movem moinhos. São os votos de toda a equipe do Pra Gente Rir: Boretti, R e Kily.


Uma imagem vale mais que 2012 palavras.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Santos











Escudo do Santos Futebol Clube



Alguns acontecimentos relevantes a nível nacional e mundial marcam as nossas vidas. Muitas pessoas ainda se lembram do que estavam fazendo naquela tranquila manhã em que noticiaram os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. Enquanto as imagens na tv mostram as torres gêmeas desabando, nossa mente se apega nos mais ordinários de nossos afazeres, como que para que os fatos marcantes do dia não caiam no esquecimento. "No dia em que ocorreram os atentados terroristas, eu estava trabalhando". "Quando o último Papa faleceu, eu estava jogando ping pong". "Eu tinha ido na oficina mecânica buscar o carro quando soube que Marlon Brando havia falecido".

Crimes bárbaros, mortes de alguns artistas, tragédias e catástrofes naturais e grandes conquistas - especialmente as esportivas - nos marcam de tal maneira, que mesmo após vários anos, ainda conseguimos lembrar o que fazíamos na ocasião. No ano de 2011, recordo com clareza de um desses acontecimentos. Na noite do dia 22 de junho de 2011, enquanto o Santos disputava a final da Copa Libertadores da América, em São Paulo, eu estava no quarto de um motel da capital federal, vendo parte do jogo. Aliás, essa é uma das grandes conquistas de minha vida: entrar para um seleto grupo de pessoas que foram sozinhas num motel, entrando e saindo virgem do mesmo.

Quando liguei a tv, tirando do canal pornográfico e colocando na Rede Globo, o jogo estava 0 a 0 e estava já acabando. "Que maravilha, o Peñarol conseguiu segurar Neymar e companhia! A decisão vai para os pênaltis!", pensei comigo, esperançoso de que o time da Província Cisplatina seria capaz de desbancar o favorito Santos. Foi quando percebi o engano que cometi. Aquele era apenas o primeiro tempo do jogo... ¬¬'

Durante o intervalo, aproveitei e liguei na recepção do motel e pedi um cobertor para me aquecer, pois estava frio. Levaram um tempo para me trazerem um cobertor, que parecia com aquele trapo velho que meu cãozinho costumava deitar-se. Tão logo o segundo tempo começou, o Santos abriu o placar com Neymar, para meu desânimo. Já joguei a toalha (e também o cobertor, por cima de meu corpo) e deitei. Logo, adormeci. Quando acordei, a televisão naturalmente ainda estava ligada. O Santos já tinha sido campeão (pelo menos, é o que diz a história. Eu tenho lá as minhas dúvidas quanto a isso). Enquanto o Santos estava ganhando o título, enquanto Neymar vivia um dos mais importantes momentos de sua vida, eu dormia tranquilamente na cama de um motel (e talvez, outra pessoa também estivesse vivendo um dos mais importantes momentos de sua vida, no quarto ao lado).

O Santos é o time brasileiro mais conhecido no mundo, tudo por causa de um livro best-seller, escrito por um amigo meu. O livro narra a história fictícia de um jogador fantástico, chamado Pelé. Obviamente, tal personagem foi concebida apenas na mente deste brilhante escritor. Mas sua obra imortal atravessou fronteiras, traduzida para diversos idiomas, conquistando milhões de leitores, que apaixonaram-se pelo time da baixada santista.

Esta postagem é uma singela homenagem a este grande time da capital paulista, pois ontem o Santos venceu a primeira semifinal do Mundial de Clubes da FIFA e provavelmente enfrentará o todo-poderoso Barcelona na final da competição, no próximo domingo, em busca da mesma glória já alcançada na literatura. E eu estarei aqui, mais uma vez torcendo contra o Santos, prometendo que desta vez não estarei viajando (ou talvez sim), nem em motel algum, nem dormirei durante a partida. E dá-lhe Barcelona!



Galeria de fotos:
O atual escudo do Santos Futebol Clube (acima) serviu de
inspiração para muitos outros clubes criarem seus próprios escudos.




Mascote do Santos Futebol Clube, escolhida pelos próprios torcedores,
por representar o espírito e o orgulho santista.



Os times participantes do Mundial de Clubes da FIFA 2011.
O Santos aparece em destaque na imagem do site.


Aranha, o goleiro do Santos, numa de suas atuações pelo alvinegro. O goleiro e capitão
viveu o auge de sua carreira na final da Libertadores, contra o Peñarol, após pegar
seis pênaltis e ser considerado o grande herói da conquista santista.


Domingos, um dos maiores ídolos da história do Santos:
exemplo de profissionalismo e fair play.


Um torcedor santista é tão fanático que até chega a perder o interesse
pela esposa
gostosa nua, quando seu time está jogando.



Jogadores do Santos erguendo a Taça de Campeão da Copa Libertadores
da América 2011 logo após a conquista sobre o Peñarol...


... e eu tentando me matar no lago que fica atrás do Congresso Nacional em Brasília,
logo após saber que o Santos foi campeão da Libertadores da América 2011.




* Tentarei dar uma de Polvo Paul aqui e adivinhar o placar da final do Mundial de Clubes do próximo domingo: digo que o placar será Barcelona 3 x 1 Santos. E na eventualidade do Santos vencer, fica aqui a minha promessa de postar as minhas fotos tentando me matar - na eventualidade de eu novamente sobreviver -, num outro lugar inusitado.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Um estudo sobre mendigos.

Foi feito um estudo, para avaliar o comportamento dos mendigos ao receber doações, o estudo foi realizado no dia 11/12/2011, por volta das 21:00, na cidade de São Paulo.

Foi utilizada uma amostra de 3 mendigos de rua, para esta pesquisa.

Abaixo segue os resultados da reação de cada um dos mendigos ao receber as "doações"

Mendigo 1 - Aparentava ter mais de 50 anos, carregava um saco branco nas costas, eu abordei ele, perguntando se ele queria umas "coisas" que eu tinha lá, ele ficou calado sem dizer uma única coisa, abri minha bolsa e peguei um pacote de bolacha Wafer e um pacote de bolacha Champagne para dar para ele, o mendigo pegou os itens, e continuou sem dizer uma única palavra, desse modo fui embora.

Mendigo 2 - Aparentava ter pouco mais de 25 anos, andava sem rumo pelas ruas, eu abordei o mesmo, perguntando se queria uma "coisa" que tinha comigo, o sujeito falou "pois não", abri minha bolsa e dei para ele: torradas industrializadas, uma bolacha Maizena, e um bolinho Ana Maria, o mesmo pegou os itens e agradeu dizendo "Deus o abençoe" também perguntou se eu tinha uma sacolinha para que ele pudesse guardar os itens recebidos, disse que não havia nada, e o mendigo mais uma vez disse "Deus o abençoe", desse modo fui embora.

Mendigo 3 - Aparentava ter uns 30 anos, estava próximo a um supermercado, sentando e pedindo esmolas para as pessoas que passavam por sua direção, passei por ele, e ele pediu esmola pra mim, virei em sua direção e nesse momento ele falou "Ow rapaz", peguei um pacote de bolacha Maizena e o entreguei, antes dele falar qualquer coisa, fui dizendo que havia mais um pacote de achocolatado, e perguntei se ele queria, o mendigo disse "eu aceito", entreguei o achocolatado para ele, o mesmo retribuiu dizendo "Deus o ajude" e estendeu a mão para me cumprimentar, repeti o gesto e o cumprimentei, e por fim ele disse "Vá com Deus".


Enfim, como a amostra de mendigos foi muito pequena (apenas 3) não dá pra tirar muitas conclusões sobre esse estudo, porém, foi interessante observar que 2 dos 3 mendigos, após receber os donativos, agradeceram citando Deus, também foi observado que todos os 3 mendigos, eram do sexo masculino.

Encerro aqui meu post, dizendo que todos os dados aqui descritos são reais, mesmo isso sendo díficil de acreditar devido ao nome do Blog.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Geloucos

Quem ainda se lembra do geloucos? Se você se lembra do geloucos, gostaria de dizer que não é o geloucos da imagem abaixo.


E sim, o geloucos da antiga promoção da Coca-Cola, cuja imagem você pode ver abaixo:





Pois é meu amigo, se você já teve, ou ainda tem um desse, saiba que você está velho, o geloucos foi uma promoção da Coca-Cola que ocorreu em 1997, isso mesmo, já fazem 14 anos desde a época que você pedia pra seus familiares, vizinhos, amigos dos vizinhos, filho dos amigos dos vizinhos, e pai do irmão do seu tio que não era seu vô para ficarem guardando tampinhas de Coca-Cola pra você.

Abaixo uma imagem das tampinhas de geloucos pra você se lembrar de quantas precisava juntar para trocar:


E depois que você juntasse as malditas tampinhas, você trocava por uma linda embalagem com 2 geloucos e uma carta, abaixo segue uma foto da "linda embalagem"


Sim, caros leitores, você deve estar se sentindo muito velho com essa postagem, e para você relembrar todos os geloucos e suas características, separamos a imagem abaixo pra vocês.


Depois dos geloucos, ainda tivemos a promoção "gelos cósmicos" da Coca Cola, que era semelhante ao "geloucos", porém, os gelos cósmicos brilhavam no escuro, segue abaixo, imagens para você relembrar deles também:






Enfim leitores, geloucos e gelos cósmicos foram grandes sucessos da Coca Cola, e esperamos que um dia, a Coca volte a fazer promoções parecidas, e lembramos um pouco mais dessa bela época, onde nossa maior preocupação era juntar tampinhas e torcer pra não sair geloucos repetidos ao abrir o pacote.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Banheiro público.

Banheiro público.

Quem nunca cagou utilizou um banheiro público? Pois é caros leitores, uma vez ou outra nessa vida temos que passar pelo temido banheiro público.

O chato dos banheiros públicos é que nunca tem papel, como podemos reparar na imagem abaixo



Além disso, como todos sabem, os banheiros públicos sempre se destacam quando o quesito é higiene e limpeza, abaixo algumas fotos para saber melhor do que estou falando.





Agora vemos um típico limpador de banheiros públicos num dia calmo, de pouco serviço.



E por fim, uma foto de um rapaz que derrubou 25 centavos na privada vaso sanitário e busca recuperar seu dinheiro.




Amigo Secreto

Dezembro. Natal, reveillon, panetones, presentes, confraternizações. Com mais um final de ano que se aproxima, as mesmas cenas se repetem. É como se sempre o mesmo ano velho estivesse acabando, para um ano novo que começa. Pouca gente lembra que esse velho ano de 2011 que queremos nos despedir com pressa - numa perspectiva de um grande 2012 -, é o mesmo ano novo que aguardávamos com euforia no final de 2010. E 2012, me desculpe dizer, mas você vai para o mesmo caminho quando 2013 se mostrar em nossos horizontes.

No final do ano, uma brincadeira comum é realizada: é o chamado amigo secreto. Eu particularmente recomendo que todos um dia participem de um amigo secreto, pois é uma brincadeira muito saudável e divertida. O amigo secreto é praticado entre alunos de determinada escola, colegas de trabalho, amigos, parentes, dentre outros grupos que queiram desfrutar dessa prazerosa brincadeira.


O amigo secreto consiste em vários papéis com os nomes de todos os participantes, um em cada papel, que são dobrados e sorteados entre os participantes da brincadeira. E numa data escolhida pelos participantes, é realizada a revelação dos amigos secretos, mediante a entrega de um presente. Geralmente, a cerimônia é utilizada também para conciliar a entrega dos presentes com bebedeira, churrascada e, eventualmente, orgia.

Algumas vezes os participantes estipulam uma faixa de valor para o presente, com o intuito de que nenhuma das pessoas se sinta prejudicada, por receber um presente inferior ao que comprou para seu amigo secreto. E outras vezes também, os participantes passam uma folha contendo alguns dos presentes que gostariam de ganhar, afixando a mesma num lugar visível a todos, para facilitar a escolha dos presentes, uma vez que o participante pode não conhecer muito bem as preferências da pessoa que tirou.

Mas sempre tem um idiota que tenta estragar a brincadeira. O engraçadinho põe um papel a mais, com o nome duplicado de um dos participantes, retirando aleatoriamente um dos outros papéis. Aí alguém ganha dois presentes, enquanto que outra pessoa não ganha nenhum. O mais engraçado nessa situação é a expressão do segundo participante que tirou determinada pessoa, quando o primeiro revela que também a tirou.

Uma das curiosidades do amigo secreto é que no momento da revelação dos amigos e entrega dos presentes, a pessoa fica em pé e cita algumas características da personalidade da pessoa, geralmente qualidades, de modo a mostrar que utilizou aquela brincadeira como método para conhecer melhor a outra pessoa e blá blá blá. E certa vez um amigo meu, num amigo secreto que participei, no momento de revelar quem havia tirado, disse: "a minha amiga secreta está de pé". Fiquei com pena daquela mulher, cuja maior qualidade que possuía era estar em pé. Aquele era o grande mérito de sua vida. Meu amigo, num momento insensato, não viu mais nenhuma outra qualidade nela, apenas que ela era boa em ficar de pé. É compreensível que ela tenha cometido suicídio dois dias depois.

Eu não entendo esse tal de amigo secreto. Você decide participar de uma brincadeira, tendo o incômodo de comprar um presente para uma pessoa que você mal conhece e que talvez você nem gosta dela e ela de você, correndo o risco dela não gostar - sendo que, obviamente, ela não falará isso, caso não goste do presente - e ainda por cima, correndo o risco (um grande risco, por sinal) de não ganhar o presente que gostaria - obviamente também, não revelando que não gostou, apesar de querer fazê-lo.

Para todo mundo que curte essa babaquice de amigo secreto (e também para a outra multidão que chegou neste blog procurando dicas de presentes para o amigo secreto de fim de ano), eu gostaria de dar um conselho: a partir do ano que vem, participem da brincadeira que eu chamo de "auto-amigo". O auto-amigo é muito mais prático, pois só precisa de uma pessoa para participa: você. Você mesmo pode escolher a faixa de preço de presente que preferir, sem se preocupar em desagradar a pessoa que vai tirar, nem ficar preocupado se vai ou não receber um bom presente, nem exaltar as qualidades da pessoa no momento de entregar o presente (que é exatamente entregue no ato da compra). Na verdade, o auto-amigo é tão superior ao amigo secreto tradicional, que o próprio ato de presentear o amigo é facultativo.



Par de chinelas: um presente barato e que nunca sai de moda. Certeza que
irá agradar seu amigo secreto
. Verifique que está comprando um pé
esquerdo e um direito, diferente desse par que ganhei ano passado.



O presente que todo mundo ganha sempre quer ganhar: uma caixa de bombons.


PS: um desabafo pessoal - eu tô levando esse blog nas costas! ¬¬'

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O Ascensorista

Mais um típico humor barato.

Comecei a trabalhar como ascensorista em abril, após a saída de meu antecessor, um alcoólatra inveterado, que tivera diversos desentendimentos com moradores do prédio (devido, é claro, ao álcool). Meu trabalho era simples: dizer "bom dia", "boa tarde", "boa noite", "até logo" e ser sempre educado e polido no modo de tratar os moradores e visitantes do prédio e conduzí-los ao andar desejado, por meio do painel eletrônico contido no elevador.

Logo na segunda semana de trabalho me apaixonei por uma das moradoras do prédio, que voltava de viagem. Seu nome era Sara. Sara era uma bela loira de aproximadamente 30 anos. Dona de uma silhueta perfeita, aparentava pesar uns 57 kg muito bem distribuídos em 1,68 m de altura. Aém disso, era uma mulher poderosa, uma jovem mas reconhecida advogada. Apesar de mais velha do que eu, me encantou logo de cara. Mostrava-se sempre alegre quando eu a pegava no térreo do prédio e a levava para seu apartamento, no décimo segundo andar.

Todo dia, quando começava a trabalhar, eu já pensava em algo interessante para falar para Sara. Sempre tinha algo para puxar assunto, desde a previsão do tempo até a meteorologia. Ah, e também falávamos sobre o clima e se ir chover ou fazer sol. Certo dia, assim que Sara saiu do meu elevador com seu lindo sorriso, me disse um "obrigada, querido". Aquilo foi o suficiente para mudar completamente o meu dia, aliás, a minha vida, aliás, as nossas vidas. Eu continuei meu trabalho, enquanto pensava no que estava rolando ali. Aquela mulher me amava. Ela estava na minha. Com meu charme e carisma, o peixe caía na rede. Era inevitável. Sara não podia resistir. Todas as células de seu corpo me desejavam, me queriam. Sara seria minha esposa. Teríamos um belo apartamento - melhor do que aquele em que ela morava -, com sala grande, móveis modernos, quarto aconchegante e um banheiro espaçoso com uma jaccuzzi, onde faríamos as maiores loucuras de amor.

Depois deste episódio que deu início a nossa bela história de amor, eu via Sara quase todos os dias, invariavelmente no mesmo horário, de manhã quando esta ia para o trabalho e no final da tarde quando ela regressava. Como tanto ela quanto eu trabalhávamos muito, não tínhamos tempo de sair, e nossos encontros se resumiam aos momentos em que estávamos no elevador. Uma semana depois que nossa história começou, numa terça-feira, Sara entrou em meu elevador, mais sorridente do que nunca. Mas estava acompanhada de um homem. O homem era alto, de porte atlético, atraente e que vestia-se totalmente de branco. Para ser sincero, era muito bonito. Até eu me senti atraído por aquele sujeito. Enquanto o elevador subia, ambos conversavam e riam. Senti a raiva crescer dentro de mim quando o homem apoiou suas duas mãos no ombro de Sara. Só não o agredi ali porque precisava daquele emprego. Os dois saíram do elevador. Quase duas horas depois, entrava em meu elevador, no décimo segundo andar, o mesmo homem que acompanhava Sara, mas desta vez sem ela. Por algum motivo, para mim aquele homem tinha cara de Válter.

"Válter, o negócio é o seguinte: eu não gostei do jeito que você se comportou com a minha garota. Se você não sabe, eu e Sara nos amamos e vamos nos casar no início do ano que vem e não é um sujeitinho à toa feito você (nesta parte de meu delírio eu cheguei a me ver apontando o dedo no peito de Válter) que vai estragar essa história bonita que estou escrevendo com ela."

Válter saiu do meu elevador, quando chegamos no primeiro andar. "Isso, suma daqui antes que eu dê um chute nesse seu rabo!"

Como que para me irritar, no dia seguinte, praticamente no mesmo horário, Sara e Válter voltaram a entrar em meu elevador. Até mesmo a roupa de Válter era a mesma. Eu não podia acreditar na petulância daquele sujeito, que ousava me desafiar. Mas eu ia ensinar uma lição para ele. Ah, se ia. Mas o fato é que Sara estava sorridente. A quem eu estava tentando enganar? Não sei quando se deu isso tudo, mas em algum momento nossa relação se esfriara, e no momento de maior carência afetiva de Sara, Válter aparecera na vida dela. Ela gostava da companhia daquele sujeito. Quando chegaram ao décimo segundo andar e saíram do elevador, uma senhora entrou, a dona Gertrudes. Na minha cabeça a senhora Gertrudes se chamava Nicete Bruno, pois ela se parecia muito com a atriz homônima. Nicete Bruno anunciou o terceiro andar. Enquanto descíamos, minha mente estava a mil. O que acontecera entre Sara e eu? Como as coisas puderam chegar naquele ponto? Depois de todas as juras de amor que fizemos um para o outro, depois de tudo o que vivemos um com o outro, ela me trocara por aquele Válter. Afinal, o que é que esse Válter tem que eu não tenho? Eu sou um homem bom, honesto, romântico, atencioso, carinhoso e trabalhador. E esse Válter? Tá, ele é médico, ponto pra ele. Mas o que mais? Hein, me diga, o que mais? O que mais Sara? SUA VACA!

- Olha como você fala comigo, mocinho! Eu vou convensar com seu superior! - disse-me Nicete Bruno, visivelmente nervosa, ao mesmo tempo em que saía pela porta que acabara de se abrir. Fechei a porta do elevador, continuando frustrado o meu trabalho. Ao anoitecer, Sara entrou em meu elevador, muito bem vestida. Sua indumentária era de primeira. Usava um vestido vermelho (a cor do amor) até os joelhos, com uma faixa na cintura, que acentuava sua silhueta. Usava um salto alto, que além de salientar sua elegância, também salientava seu quadril, empinado. Além disso, tinha uma discreta carteira a mão.

"Vai para uma festa, meu amor? Vai para uma festa, sua vadia, sem-vergonha!? Sara, o que eu te fiz até agora, além de lhe oferecer amor?" - o rosto de Sara permanecia desprovido de emoção - "Sara, você não pode ser assim tão cruel, depois de tudo o que eu te fiz... E o que você me disse, que queria me dar filhos para dar continuidade ao meu nome? Você disse que queria ter vários filhos, correndo e brincando pela casa. 'Pelo menos dois casais', você disse! E as viagens pelo mundo que faríamos juntos? E a promessa de vivermos juntos até que a morte nos separe? Foram todas palavras vazia para você" - Sara, ainda séria, encaminhou-se para fora do elevador - "Sara, espere aí, me responda! Sara! Sara!" - mas ela se fora.

Cerrei a porta, juntamente com meus pensamentos. Foi naquele instante que percebi: mulher é tudo igual. Todas as que se aproximavam de mim o faziam sempre com interesse. Eu estava cansado de não ser valorizado simplesmente pela pessoa que eu era, mas sempre pelo que eu tinha. O madilto capitalismo! Mas em poucos minutos eu fiz uma resolução: daqui em diante, eu serei um homem solteiro. Não quero mais saber de mulher. Pode se arrastar aos meus pés, pode vir pintada de ouro, que eu não quero! De agora em diante, para mim mulher é só pra curtir. Usar, zoar, jogar fora e descartar. Querem se aproximar de mim com interesse? Então eu farei o mesmo com vocês, mulheres do mundo! Me querem por causa do meu carro? Então eu as quero por causa dos seus corpinhos e só! Só que antes que pensem em tirar proveito de mim, eu já terei tirado proveito de vocês, mulheres! E vamos ver quem é que usa quem...

No dia seguinte, mais uma vez, no mesmo horário, Sara e Válter entraram em meu elevador. Mas desta vez, para minha surpresa, o clima era diferente. Silêncio total. Na metade do trajeto, uma discussão. Sara estava brava com Válter. Percebi pelo tom de voz dele, que estava alcoolizado. Sempre o velho álcool. A fonte primária de todos os problemas do mundo. Quando o elevador chegou no décimo segundo andar, Sara disse, enquanto levava a mão a testa: "Por favor Euclides, hoje eu não tô boa pra conversa, vamos deixar pra falar sobre isso outra hora. Acho melhor você ir pra sua casa, pois eu tô afim de ficar sozinha agora."

Mal pude disfarçar a surpresa e o prazer que me dera ouvir aquele diálogo. Na certa Sara percebera o erro que estava cometendo, ao me trocar por aquele coisinha à toa do Válter. Eu sabia que Sara era inteligente. Cedo ou tarde ela veria que estava cometendo um grande erro e voltaria para os meus braços. E eu a receberia de volta, a perdoaria e seria bom para ela. Daria a vida por ela, moveria céus e terra pela felicidade dela. Se ela quisesse, lhe compraria o mundo. Foi com prazer que vi um cabisbaixo Válter sair cambaleando do meu elevador.

Minutos mais tarde, Sara voltava para meu elevador. Ela não me dirigiu palavra. Sorri comigo mesmo. Ela estava reunindo forças para me pedir perdão. Provavelmente, seu orgulho (Sara sempre fora muito orgulhosa) estava dificultando dar o passo inicial. Tudo bem amor, eu espero. Sei que não é fácil pedir perdão por um erro grave. Olhei para ela enquanto descia. Ela colocou a mão na garganta. Bem se via que o esforço para falar era gigantesco, pelo gesto que fizera. E de repente, o impensável aconteceu: Sara vomitou no chão do elevador, para minha surpresa. Naquele momento tudo ficou claro para mim. Eu ia ser pai! Oh meu Deus, a mulher que eu amava estava esperando um filho meu, íamos ter um fruto visível do nosso amor, alguém que daria continuidade ao meu nome! Eu nunca me senti tão feliz. Foi com um sorriso no rosto que amparei Sara, que pediu imediatamente que a levasse de volta para o décimo segundo andar, pois queria deitar. Fui solícito, atendendo a todos os pedidos de minha amada noiva, ao mesmo tempo em que perguntava se não queria mais nada, que chamasse um médico (exceto Válter) ou lhe fizesse alguma outra coisa. Com a mão na boca, Sara pediu desculpas pela sujeira no chão e saiu do elevador. Não precisa pedir desculpas meu amor, por você eu limparia isso até mesmo com a língua. Você acaba de me fazer o homem mais feliz desse mundo. Agora descanse, que depois temos muito o que conversar, temos que pensar no enxoval do bebê, no nosso casório, etc.

Alguns minutos depois, já com o elevador limpo, eu continuava meu trabalho, com um largo sorriso que não me cabia no rosto. Foi quando Nicete Bruno apareceu no elevador com meu superior, dizendo: Foi ele quem me chamou de vaca, seu Fulano!

Ainda com um sorriso no rosto, fui conduzido a sala de meu superior, que teve uma rápida conversa comigo. E ele ficava furioso quando olhava para meu rosto e me via sorrindo. Acho que é porque ele é do tipo que não gosta de ver a felicidade dos outros. Ele me fez pedir desculpas para a Nicete Bruno e disse que mais uma daquelas iria me demitir. Eu o agradeci. Não me importava muito também. Mesmo que ele me demitisse, eu arrumaria outro emprego, nem que não fosse tão bom como aquele, só para oferecer uma vida boa para Sara e para meu filho homem. Isso mesmo, eu já tinha certeza que ia ser um macho, como o pai.

Voltei para a hora final de trabalho, que fora interrompida para esta conversa com meu superior. Hora esta que passou rapidamente, tamanha era a felicidade que me consumia. Fiz uma última viagem, levando uma mulher tagarela que não parava de falar ao celular. Nem prestei atenção ao que ela dizia. Pensei em passar no apartamento de Sara, mas achei melhor não fazê-lo. Era evidente que ela queria ficar sozinha. No dia seguinte eu passaria lá, lhe traria flores e a pediria em casamento. E seríamos o casal mais feliz do mundo. Bati o cartão e me encaminhei para o vestiário. Tirei meu uniforme. Cantando, me encaminhei para o estacionamento do prédio. Peguei minha bicicleta, feliz da vida. Eu estava amando. E era correspondido...


Conclusão

Jéssica entrou no elevador no sétimo andar, enquanto falava ao telefone. Rapidamente, indicou o décimo segundo andar, para o atoleimado ascensorista. Por algum motivo, aquele patético sujeito sempre ficava rindo sozinho. Sujeito estranho. Bem, isso também não importa. A amiga lhe falava ao telefone. Isso era engraçado, apesar de morarem no mesmo prédio, se falavam por telefone. E isso era mais engraçado ainda porque ela se dirigia justamente para a casa da amiga. O fato é que queriam conversar. A amiga contou-lhe que trabalhara o dia inteiro sentindo-se mal e não comera nada além de um salgado. No fim do dia, o resultado: vomitara. Agora estava deitada na cama de seu apartamento, passando mal. E ela iria lá para fazer companhia a amiga. Para piorar, Euclides, o irmão de sua amiga, que quase não falava com Sara, tentara reatar o relacionamento - há muito tempo abalado - entre os dois irmãos. Pelo que Sara lhe contara, Euclides era enfermeiro, mas sempre teve sérios problemas com o álcool. "Sempre o velho álcool. A fonte primária de todos os problemas do mundo.", pensou Jéssica. Segundo Sara, nos últimos dias Euclides reaparecera do nada e mostrara-se bondoso e mudado. Mas logo, ele mostrou suas garras. Se aproximara de Sara com interesse. Estava duro. Precisava de grana. Grana para sustentar seu vício. Sara descobrira que Euclides, apesar de usar o típico uniforme de enfermeiro do hospital em que trabalhava, fora demitido fazia duas semanas. E o motivo, é claro, fora o álcool. Ele a enganara, em busca de dinheiro, em busca de ajuda. Ele nunca quisera ter um relacionamento saudável com a irmã, apenas usá-la. A irmã era a única pessoa que ele tinha no mundo, uma idiota a quem recorrer nos momentos de dificuldade. Sempre fora assim, contara-lhe Sara. O elevador parou. Jéssica disse para a amiga no telefone que ia desligar pois já estava chegando em seu apartamento. Lá continuariam conversando, Jéssica cuidaria da amiga, até ela se sentir melhor. Sorriu mais uma vez. E saiu do elevador.



Um feliz ascensorista.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A Morte

 ... ou "O Óbito"

dia desses morreu um amigo meu, o everaldo, cujo nome em inglês significa "sempre faz tudo" (ever all do). pois bem, de tudo que ele já fez, acho que essa foi a coisa mais acertada e ajuizada de todas, ter morrido. coincidentemente, essa também foi a última coisa que ele fez, não sei por que. ele era um cara inteligente, não sei por que não pensou nisso antes. agora é tarde, não dá mais para voltar atrás. se ele ao menos não tivesse sido enterrado. quem foi no enterro disse que nem isso ele tentou impedir. o everaldo não era um cara muito esperto, era um pouco inteligente, mas nunca esperto. talvez seja por isso que deixou para morrer tão tarde, justo quando não daria para fazer mais nada.
bom, como diz o velho ditado, "quem tem que morrer não morre". não que eu não quisesse que ele morresse, não é nada disso, muito pelo contrário, acho que é uma opção pessoal, cada um faz o que quiser com a própria vida, mas acho que ele poderia ter pensado um pouco mais na família dele antes, não sei por que ele precisava ir até são paulo para fazer isso, longe de todo mundo. parece que ele tentou fazer meio escondido, de certo achou que ninguém ia descobrir.
as vezes eu lembro como ele era indeciso e inseguro, e chego até a duvidar se ele tinha certeza se era isso mesmo que ele queria para a vida dele agora. mas como ele também não fez nada para evitar... acho que isso não era lá uma questão muito importante para ele. espero que ele não tenha se arrependido, pois fiquei sabendo que logo depois que ele fez a merda toda, pediu para que o levassem para o hospital, não sei se por que estava doendo muito, ou se ele pensava em voltar atrás ainda.
algumas pessoas são engraçadas mesmo, o sujeito do nada decide que quer se tornar policial, estuda, faz as provas, os testes, passa, vai fazer a escola preparatória, e do nada, sem mais nem menos, pula fora. acho que era muita pressão na cabeça dele.

alguns discutem sobre o direito de causá-la,
e acabam decidindo quando querem sofre-la.

outros lidam com ela no dia a dia,
escapando dela algumas vezes...

... já outros, tentam vencê-la.
esse nem precisa de legenda... não consigo pensar em uma


... enquanto esse, nem sabe do que eu estou falando.


e vc, acha que vai morrer algum dia? pelo menos as estatísticas apontam que sim.
quem postar um comentário dizendo quem são todas essas pessoas/personagens das imagens ganha um super prêmio. confira aqui o edital com o regulamento da promoção.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

As Chinelas de Indiana Diones

... ou "Sapatos - Parte II"

antes de ler o conto que segue-se, certifique-se de ter lido a primeira parte deste, que pode ser encontrada aqui, e não aqui. e muito menos aqui.
após o inesperado sucesso da primeira parte de "sapatos" (do original "shoes", escrito em sua maioria em 1996), venho agora a este blog (recusando diversas ofertas de editoras nacionais, assim como recusei a várias editoras internacionais em 1996) publicar a segunda parte da quadrilogia original (publicada em 1997 pela companhia das letras), e avisar que a próxima (que será a última) parte ainda não foi escrita (e nunca será). agradeço a todos que esperaram pacientemente (e aos não tão pacientemente assim), e principalmente a Brahma, Vishnu e Shiva, por possibilitarem a existência do universo e desse maravilhoso[1] texto:

a voz de diones aumentava em entusiasmo conforme falava, seus olhos brilhavam, suas sobrancelhas arqueavam e ele sorria. porém carl não compartilhava do mesmo entusiasmo, de forma repentina, sem que eu notasse o momento exato da transição, carl ficou extremamente sério, imóvel, rígido até. seus olhos miravam o rosto de diones com uma expressão impiedosa, como se resistisse ao impulso de agarrá-lo, segurá-lo, para que parasse com aquele discurso, como se algo nas palavras de diones incomodasse sua alma profundamente. mas não foi preciso que carl tomasse qualquer atitude para interromper diones, pois assim que esse percebeu a expressão do amigo, gélida, foi como se houvesse sido contagiado por tal, passando a assumir posição semelhante. conflitante. sim, como se suas mentes estivessem a travar um combate telepático. a conexão de seus olhares parecia exercer uma força magnética, um campo impenetrável ao redor do espaço que os separavam. a situação era hipnótica. eu estava tão absorvido por aquele momentum que quando diones olhou, de forma completamente repentina e imprevisível, para mim, eu não pude reagir. pensei em olhar para o chão, para a igreja, desviar o olhar para qualquer lugar, mas não pude. senti aquela sensação quente subir pelo meu pescoço, rígido, até meu rosto, típica de quando ruborizamos. o olhar de diones era frio, como se me repreendesse, como se me dissesse que eu não deveria estar ali, que eu não fazia parte daquilo, daquele momento, que de certa forma era superior a mim, além de minha compreensão, era como se... isso pode parecer um pouco exagerado, mas... era como se eu corresse perigo, apenas por ousar em continuar ali. confesso que não sei o que teria acontecido comigo, se teria resistido a tal pressão, se aquilo houvesse durado mais um segundo apenas. por sorte, carl o interrompeu, dirigindo-se a ele de maneira inusitada, considerando o momento:

c - vc veio para devolvê-los, não é diones?

digo inusitada pois sua voz era calma, pretensiosamente compreensiva, como que persuasiva. toda aquela tensão se desfez instantaneamente, conforme diones sorriu e disse:

d - sim, claro, deixe-me tirá-los.

diones tirou os sapatos, com certo esforço, e entregou-os a carl, que, justificadamente, assumiu uma expressão de espanto ao olhar para os pés, agora descalços, de diones. creio que não sou capaz de descrever com palavras a repugnância da cena. era como se os pés de diones tivessem sido esmagados por um rolo compressor, as juntas de seus dedos descreviam ângulos agudos para várias direções. não acreditaria se alguém me dissesse que ainda restava algum osso não fraturado nos pés daquele pobre rapaz.

c - seus pés, diones, o que houve? - exclamou carl, confuso.
d - oh, não foi nada, eles vão ficar bem. - diones parecia inexplicavelmente tranquilo.
c - como assim? vc está sangrando!
d - não, não estou não. talvez um pouquinho...
c - como pode? vc não havia percebido nada até agora? não estão doendo?
d - sim, doem um pouco. acho que foram os sapatos que vc me emprestou, eles estavam um pouco apertados.
c - e vc não percebeu isso assim que os calçou?
d - sim, mas... não é nada, o que é isso agora? eu vou ficar bem!

carl ficou em silêncio por um momento, como se estivesse tentando compreender o que estava acontecendo.

d - vc se lembra, carl? quando éramos crianças e costumávamos sair na varanda e no quintal de casa descalços, e mamãe sempre nos repreendia, pedindo que puséssemos nossas chinelas?

houve uma pausa no diálogo, enquanto provavelmente recordavam momentos da infância, após a qual diones se levantou, sem demonstrar qualquer incômodo com a atual situação de seus pés, e tomou a iniciativa de se despedir:

d - bom, tenho que ir, ainda preciso ajeitar minhas coisas antes de partir.

carl levantou-se para se despedir do amigo, mas ainda demonstrava certa preocupação:

c - vc vai descalço até sua casa, diones? vc sabe que é uma boa caminhada até lá.
d - não se preocupe, esses pés já estão calejados de tanto me carregarem por aí.

calejados? não acreditava que ele pudesse ter dito aquilo. mas aquilo não era nada perto do que eu estava prestes a ouvir. carl olhou para os sapatos que carregava e propôs:

c - por que vc não os calça para ir até sua casa, e da próxima vez que for me visitar vc mos devolve?
d - oh, não carl... sério? mas será que me serviriam?
c - ora, por que não experimenta?
d - não sei, que número vc calça?
c - calço 40, usualmente.
d - hum, eu calço 45, acho que ficariam apertados.
c - que pena. gostaria de poder ajudar de outra forma.
d - não se preocupe, vou ficar bem. e outra coisa, se eu os levasse, vc teria que voltar descalço até sua casa, que também não é nada perto, carl.

para minha surpresa, carl também se encontrava descalço, achei que o propósito fosse calçar os sapatos que diones devolvera o quanto antes, porém:

c - quanto a isso não se preocupe, eu não pretendia calçá-los. estes sapatos são de um amigo meu. na verdade, são muito grandes para mim, cerca de cinco números maior dos que eu costumo calçar.

termina aqui a quinta parte da sexologia. em breve postarei a parte 5.1, juntamente com os anais dos reis e governantes.

para vc que não gostou da história, deixo aqui uma imagem de um elefantinho rosa:






[1] "Esse texto está uma merda!" - meu comentário sobre o texto caso eu não fosse seu autor.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Barba

Ontem eu fiz a barba, depois de uns 50 dias sem fazê-la. Talvez o leitor que desconheça minha identidade pense: "nossa, então você realmente estava barbudo! 50 dias sem fazer a barba, deveria estar um Papai Noel da vida."

E é justamente nesta parte que o ingênuo leitor se engana. Minha barba, apesar dos 50 dias de folga para ela crescer (que nem grama), continuou pequena, irregular, cheia de falhas. É vergonhoso que um homem - se é que posso me chamar de homem, dada minhas características físicas infantis - de 20 anos possua menos barba do que um adolescente de 13 anos.


Não vou negar, até que eu tinha muito pêlo no rosto, mas como já dito, mal distribuído. Em alguns lugares, o rosto ainda era visto descoberto, enquanto que logo ao lado, um ponto da face que parecia o rosto de um homem. Parecia.


Por algum estranho motivo, eu sempre comparei meu penteado ou até mesmo minha barba com a de pessoas famosas, em geral atores. "Vou deixar a minha barba igual a do Johnny Depp", pensava eu, como se o simples fato de deixar a barba igual a desse brilhante ator me qualificasse com os mesmos atributos dele. A verdade é que Johnny Depp - assim como outros tantos atores - é considerado famoso, talentoso, rico e bonito pelo simples fato dele ser Johnny Depp. Não é sua barba que o torna tão bom, ela é apeans um complemento. Johnny Depp é o cara simplesmente porque é Johnny Depp. E convenhamos, por mais parecido que eu fique com Johnny Depp, eu ainda serei um pobre, anônimo, desconhecido e sem talento, enquanto que ele sim continuará sendo Johnny Depp. Johnny Depp ainda será o cara ainda que raspe o bigode, a barba, o cabelo ou a churanha.


Quando se é adolescente, um patético fenômeno acontece. No auge de nossas barbas, nos vemos de uma determinada maneira, quando na verdade as pessoas nos veem completamente diferente. Geralmente nenhuma das duas visões retratam a realidade. Numa tentativa de nos afirmarmos para nós mesmos e para os outros, queremos parecer o mais másculos possíveis. Mas eu garanto: tais tentativas de parecer másculo é um engodo, já que um instinto de autopreservação moral faz nosso senso de ridículo desaparecer.


Por isso a dica de uma pessoa com experiência no assunto (
eu) não é de se desprezar: se sua barba é rala, com falhas, não a deixe. Raspe todos os pêlos de seu rosto, deixando ele como bunda de neném. As pessoas já te veem assim mesmo, então o ideal é que você próprio também se veja assim, para evitar traumáticas experiências na adolescência, como aquela vez em que eu estava com uns amigos e... deixa pra lá.






Como você se vê quando está com
a barba por fazer e olha no espelho: ilusão de ótica motivada pelo grande sonho de se autoafirmar como o macho da espécie.









E como você realmente está. Repare
nos pêlos do rosto do jovem, se for capaz. Seu desejo de ser o macho dominante não o deixa ver a realidade, fazendo-o cair na ilusão de ótica da figura anterior.










Como você se vê perante a sociedade na adolescência...








... e como a sociedade te vê realmente.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Como chutar na prova

... ou método hipotético-dedutivo.

o método que descreverei a seguir foi desenvolvido por mim há cerca de um ano ou pouco mais. época em que passei para a segunda fase da unesp em engenharia civil. porém como não sou inteligente e não gosto de estudar, fui mal na segunda fase, que é dissertativa. pois meu método só se aplica a questões de múltipla escolha (xizinho).

até hoje não havia compartilhado meu método com ninguém, porém já havia pesquisado na internet, e descobri que algumas pessoas já o utilizam há um certo tempo. mas tais pessoas não gostam nem um pouco de conversar sobre ele, muito menos de compartilhá-lo com os outros, pois temem que isso cause um congestionamento nos vestibulares das grandes universidades, ou até mesmo uma crise no atual sistema de seleção utilizado pela maioria das universidades no brasil (vestibulares de múltipla escolha), que já foi completamente erradicado no exterior há muito tempo, devido a métodos parecidos com o meu, que caíram no conhecimento do povão.

como já havia dito, meu método se aplica a questões de múltipla escolha de 5 alternativas (unesp, fuvest, enem, etc.) e não exige nenhum conhecimento avançado de matemática, apesar de se fundamentar em pura lógica aritmética.

vamos a descrição do método:

suponhamos que vc está respondendo a questão x, e que após ler o enunciado e as alternativas (a, b, c, d, e), não faz a menor ideia de qual seja a correta. o que não atrapalha em nada em nosso método, pois ele é tão fantástico que funciona até mesmo se vc não ler a questão!
pois bem, o primeiro passo consiste em simplesmente escolher aleatoriamente (chutar) uma das cinco alternativas. vamos supor aqui que vc tenha escolhido a alternativa "c". é sabido que, como a questão possui 5 alternativas, vc teria um quinto de chance de ter acertado tal questão, ou seja, apenas 20%, e 80% de chance de ter errado. até aqui sua chance de ter errado é quatro vezes (4 x 20% = 80%) maior do que de ter acertado. o que pode ser traduzido como: a probabilidade da alternativa correta ser alguma das outras, e não a "c", é de 80%. o que faz com que seja altamente recomendado, obrigatoriamente recomendado, que vc escolha uma delas, pois são 80% vs 20%. suponhamos que vc tenha mudado para a alternativa "a". analisemos seu progresso: vc escolheu a alternativa "a" dentre quatro alternativas, o que te dá um quarto de chance de ter acertado, ou seja, 25%. vc já ganhou 5% a mais de chance de acertar! mas o método não pára por aí. pois ainda assim, a chance de vc ter errado e a alternativa certa ser alguma das outras é de 75%. três vezes maior (3 x 25% = 75%) a chance de vc ter acertado! portanto vc terá três vezes mais chances de acertar se escolher uma delas! suponhamos que agora vc escolha a alternativa "b". vc tem agora cerca de 33% (um terço) de chance de acertar. mas como vc já deve ter percebido, vc tem o dobro (66% ou dois terços) de chance de ter errado e a alternativa certa ser uma das outras. sendo assim, é óbvio que vc deve escolher novamente, e agora com um total de 50% de chance de acertar! o que começou com apenas 20% agora já é metade/metade. provavelmente se vc ler as duas alternativas e a questão novamente, vai ser capaz de distinguir qual é a mais provável entre as duas.

utilize o método à vontade e seja feliz! mas não se esqueça de deixar um comentário, nem que seja simplesmente um obrigado, pois ajuda a arrecadar fundos para diversas ONGs.

Fim do mundo!

11/11/11 - Dia do fim do mundo, estou postando esse mensagem exatamente ás 11:11 do horário de Brasília.

Para os maias o fim do mundo será dia 21/12/2012, mas para algumas pessoas o fim do mundo será hoje, já sobrevivi há tantos "fins do mundo" que já perdeu há graça o fim do mundo.Logo, só vai ter graça de novo esse negócio de fim do mundo, quando o mundo realmente acabar, aí posso dizer que volta a ter graça.

Ninguém sabe como o mundo vai acabar, alguns dizem que vai explodir, outro dizem que vai começar a pegar fogo em tudo, outros dizem que vai encher de tudo de água, outro dizem que vai cair um meteoro e acabar com tudo, enfim, todos dizem alguma coisa, mas a verdade é que ninguém sabe de nada, muito menos eu, que escrevo isso.

Algumas pessoas acreditam na teoria do buraco negro, que todo o mundo será engolido por um buraco negro, e depois o próprio buraco negro vai se engolir, e em mais tempo ou menos tempo, não haverá mais nada, ou seja o nada não haverá mais.

Abaixo uma imagem do possível fim do mundo:




PS: Para os leitores atentos que perceberem o que faltou nesse meu post, faça um comentário e concorra ao um prêmio surpresa.

This is Nonsense!

a - boa tarde
b - boa tarde
a - o senhor trabalha aqui?
b - não
a - percebo
[pequena pausa, ambos desviam os olhares pelo local]
b - e vc, trabalha aqui?
[a encara b, enquanto pondera sobre a questão]
a - ora, se eu perguntei se o senhor trabalhava aqui é pq eu não trabalho.
b - ah sim, claro. o senhor é desempregado.
a - não. o que eu quis dizer é que eu não trabalho aqui, pois caso eu trabalhasse saberia se o senhor trabalha aqui ou não.
b - compreendo. mas é um belo lugar.
a - sim, é um belo lugar.
[pausa]
b - eu poderia ser o funcionário novo.
a - oi?
b - eu poderia ser o funcionário novo.
a - perdão, mas não entendo o que o senhor quer dizer.
b - se eu fosse o funcionário novo vc não saberia se eu trabalho aqui ou não.
a - sim, mas qual é o ponto em tudo isso?
b - o ponto em tudo isso é que o funcionário novo já está aí e vc nem percebeu.
a - o funcionário novo já está aí?
b - sim
a - e vc nem me avisa?
b - estava no e-mail que eu te mandei mês passado.
a - mês passado? já faz um mês que ele entrou e eu não percebi?
b - não, não. faz um mês que eu te mandei o e-mail. porém o e-mail avisava que já fazia um ano da contratação do novo funcionário, e que quem não descobrisse quem ele é em trinta dias seria demitido.
[pequena pausa devido ao choque emocional]
b - pois bem, sem mais delongas, diga-me agora quem é o funcionário ou será demitido.
a - quantas chances eu tenho?
b - apenas uma. é tudo ou nada.
a - isso não é justo.
b - devo te lembrar que vc concordou com as normas da empresa ao ser admitido, tenho aqui seu contrato assinado, que poderá ser renovado por mais treze meses ou encerrado.
a - sim, sim, eu sei, mas nunca imaginei que essa hora fosse chegar tão rápido.
b - vamos, apresse-se.
a - okay, seja o que deus quiser, e eu sei que ele só quer o meu bem. portanto, eu digo que o novo funcionário é vc.
b - AHAAM!!! confesso que não achava que vc fosse acertar, e de fato vc não acertou. vc está demitido.
a - ai meu deus, o que foi que eu fiz?! essa era a chance da minha vida... não tem ninguém com quem eu possa conversar... explicar minha situação... quem sabe...
b - não. vc teve sua chance, não soube aproveitar. agora terá que arcar com as consequências.
a - posso ao menos saber quem é o novo funcionário?
b - sim. a resposta estava debaixo do seu nariz e vc não viu. o novo funcionário é vc.
a - sério? e quando eu começo?
b - vc pode começar amanhã, esteja aqui pelas oito.


esse é um trabalho de ficção, qualquer semelhança com eventos ou pessoas reais, vivas ou mortas, é pura coincidência.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Prieto

Tenha santa paciência para ler esta postagem, pois é longa e maçante. Caso consiga, irá ganhar um pirulito de morango. Trata-se de mais uma tentativa (frustrada, diga-se de passagem) de escrever um texto nonsense, e me tornar pioneiro no gênero. Mas não desanimem, pois eu ainda vou melhorar. Ah, se vou...


São Paulo, 10 de novembro de 2011


Como já dizia um sábio pensador: “Nós só temos uma chance na vida. Por isso nós devemos aproveitar essa chance como se fosse a única.”

Infelizmente, só fiquei sabendo deste pensamento há pouco tempo, depois de ter falhado na única chance que me foi oferecida para vingar-me. O fato é o seguinte: tive uma infância difícil, eu era um piá pobre e vítima de preconceito. Pra começar, sou o que costumam chamar de filho de coito danado, ou seja, fruto de uma relação sexual proibida. Fui concebido por um mascate e uma noviça, que, além de quebrar os votos, agravou seu pecado por ser meia-irmã do dito vendedor.

Minha mãe me pariu e em seguida sumiu no mundo. Meu genitor eu nunca vi. Fui criado num convento, como garoto órfão. E mesmo dentro da casa de Deus, sempre fui visto como o filho do diabo, fruto do pecado, enviado de Satã, dentre outros termos pejorativos. Não bastasse todos esses predicados, fui castigado com o maior de todos os males: nasci negro. Nada me envergonhava mais do que ser chamado de negro, negrinho, preto, carvão, petróleo, tição, tiziu, piche.

Apesar disso tudo e dos seqüentes estupros que sofri eu dei a volta por cima. Cresci, estudei, me formei em boa faculdade, casei-me com uma bela mulher surda-muda branca (tivemos dois filhos juntos, nos dois primeiros anos de casados), adquiri bens invejáveis e abri meu próprio negócio, em sociedade com meu melhor amigo branco. Jamais imaginara ser possível sentir tamanha felicidade, como aquela que inundava o âmago de meu ser. Mas a vida tem uma dessas rasteiras, e uma delas estava armada contra mim.

Dizem que o preço da felicidade é a ignorância. Ora, se sou confrontado com a verdade, infeliz me torno. E foi quando descobri. Avisei meu sócio que eu iria participar de um Simpósio de grande relevância para nossos negócios. Minha secretária reservou minha passagem aérea para o vôo das 19 horas e eu fui para casa com antecedência, tomar um banho e me arrumar para a viagem. Parti para a rodoviária de táxi. Isto mesmo, para a rodoviária. Só quando cheguei lá me dei conta de meu desligamento. Eu deveria ter ido para o aeroporto! Mas foi este pequeno incidente que me permitiu descobrir toda a verdade (e consequentemente, como já dito, ficar infeliz).

Comi alguma coisa na rodoviária e pedi para o taxista me levar de volta para casa. No trajeto de volta fomos conversando sobre a vida em geral, família, esposa, filhos, reviravoltas, etc. Não perdi a oportunidade de contar vantagem, dizendo o belo salto que minha vida dera. Falei sobre meus negócios, meu belo apartamento e minha bela esposa. E o taxista riu.

- Não confie em mulher alguma, meu chapa! Quando menos esperar, ela lhe passará uma rasteira!

Proféticas palavras daquele sábio senhor. Só não sou mais grato ainda a ele por não ter recebido aquele alerta antes. E também por ele ter me assaltado assim que cheguei ao meu destino. São ossos do ofício, disse o homem.

Já era noite. Uma bela noite estrelada. Esfriara. Passei no estacionamento do meu prédio, para ir até meu carro e pegar uma blusa. No estacionamento, notei o carro de meu sócio. E uma luz de alerta se acendeu dentro de mim. Subi até meu andar. Um instinto dentro de mim obrigou-me a abrir vagarosamente a porta, sem barulhos. Entrei em meu apartamento. Um abajur da sala estava aceso e isso me permitia ver um elegante casaco jogado no sofá da sala. O mesmo casaco que meu sócio usara naquele dia.

Caminhei devagar até o quarto, onde a maior fonte de luz do apartamento era percebida. A porta estava encostada, mas era possível ver o que acontecia dentro do quarto pela fresta da porta. E o que vi me atingiu como um soco no estômago. Entrei no quarto, surpreendendo os dois pombinhos bem no meio de um coito nada convencional. Uma bílis azeda me subiu a garganta, e ali mesmo comecei a vomitar, sobre os corpos despidos dos dois. As duas figuras inertes me olhavam, sem saber o que fazer. Então eu agi. Abri meu criado-mudo e saquei um revólver. E foi aí que, para surpresa minha, de meu sócio e de meus dois filhos, minha esposa gritou:

- Não o mate, Prieto!

Nesse momento, minha esposa confessou tudo. Confessou que me traía desde o período de namoro, confessou que amava Blanco, o meu sócio, e que pretendia separar-se de mim para casar com ele. Mas a parte mais dolorosa de todas foi quando ela confessou que as crianças, aqueles dois garotos que amei como se fossem meus filhos, na verdade não eram meus.

- Olhe para a cara deles, Prieto, será que não percebes? Um deles é filho do Tadao Shiguefuzi, o japonês da padaria da esquina e outro é filho do Fritz, o açougueiro alemão.

Aquilo explicava muitas coisas. Explicava principalmente o que sempre fora um grande mistério para mim: como os filhos de um negro como eu poderiam ser tão clarinhos, um loiro e o outro com o cabelo lisinho e olhos puxados? Para meu deleite, a única coisa que amenizou a dor desta revelação foi a expressão de incredulidade de meu sócio. Pelo visto, ele também acreditava ser o pai das crianças.

Apontei a arma para a cabeça de minha esposa. E dela passei para a cabeça de meu sócio. Em seguida, passei a mira para Tadao Junior, de três anos e para Fritz Junior, de dois. Agora tudo fazia sentido. Até mesmo os nomes de batismo apontavam para a verdade. E eu estava tão cego que não pude ver...

O medo estampado nos rostos dos ali presentes me deu uma satisfação sadista. Mas não tive coragem de atirar. Coloquei a arma na cintura e sai do apartamento. Estava tudo perdido. Fui até o edifício sede de nossa empresa. Entrei em meu escritório, me tranquei por dentro e sentei-me a mesa. Comecei a pensar em como minha vida tinha sido boa nos últimos três anos. Mas tudo passara tão rápido. Em contraste com o restante de minha vida, que tinha sido horrível, esta parte parecera durar uma eternidade. É como já dizia a teoria da relatividade, enunciada pelo grande físico Albert Einstein (também fundador da lei da gravidade e lei seca), as coisas boas parecem passar muito mais rápido do que as coisas ruins.

Peguei um extrator de grampos e passei nos pulsos, na tentativa de corta-los. Tarefa árdua, finalmente consegui. Senti um incômodo na cintura. Lembrei-me da pistola. Droga! Depois de todo o trabalho que tive para cortar os pulsos! O sangue escorria com maior lentidão do que eu esperava. Foi nesse momento que decidi escrever essa carta de despedida. Mostrar que um homem, por mais conquistas que tenha em sua vida, não é nada sem sua mulher. Por isso, aconselho a quem ler esta carta, carpe diem. Aproveite os bons momentos com sua mulher, pois uma hora ela irá te trair e esses momentos serão apenas uma triste lembrança. O pensamento que me ocorreu naquele momento foi: "você deveria tê-los matado, Prieto. Você foi fraco Prieto, por que foi tão fraco? Porque faltou ódio".

Com a proximidade da morte, me sinto mais sábio. Já sinto um leve frio percorrendo todo meu corpo. Uma quantidade assustadora de sangue já se esvaiu de mim. Já está na hora de morrer de uma vez. Por isso, aqui encerro.

P.S. Lembrei-me de uma coisa importante: Blanco, tem dinheiro dentro do pote de açúcar lá em casa. Use ele pra pagar a conta de luz, água e a lavanderia. E não se esqueça de pegar a roupa lavada lá. Faça isso por mim. Você a única pessoa que eu confio para isso. Beijos.

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Prieto encontra-se internado no Hospital Sírio-Libanês e não corre risco de morte.

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Atenção leitores do blog:

Não percam, dia 25 de dezembro de 2011: a melhor de todas as postagens da história do Pra Gente Rir! Aguardem...


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