quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Santos











Escudo do Santos Futebol Clube



Alguns acontecimentos relevantes a nível nacional e mundial marcam as nossas vidas. Muitas pessoas ainda se lembram do que estavam fazendo naquela tranquila manhã em que noticiaram os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. Enquanto as imagens na tv mostram as torres gêmeas desabando, nossa mente se apega nos mais ordinários de nossos afazeres, como que para que os fatos marcantes do dia não caiam no esquecimento. "No dia em que ocorreram os atentados terroristas, eu estava trabalhando". "Quando o último Papa faleceu, eu estava jogando ping pong". "Eu tinha ido na oficina mecânica buscar o carro quando soube que Marlon Brando havia falecido".

Crimes bárbaros, mortes de alguns artistas, tragédias e catástrofes naturais e grandes conquistas - especialmente as esportivas - nos marcam de tal maneira, que mesmo após vários anos, ainda conseguimos lembrar o que fazíamos na ocasião. No ano de 2011, recordo com clareza de um desses acontecimentos. Na noite do dia 22 de junho de 2011, enquanto o Santos disputava a final da Copa Libertadores da América, em São Paulo, eu estava no quarto de um motel da capital federal, vendo parte do jogo. Aliás, essa é uma das grandes conquistas de minha vida: entrar para um seleto grupo de pessoas que foram sozinhas num motel, entrando e saindo virgem do mesmo.

Quando liguei a tv, tirando do canal pornográfico e colocando na Rede Globo, o jogo estava 0 a 0 e estava já acabando. "Que maravilha, o Peñarol conseguiu segurar Neymar e companhia! A decisão vai para os pênaltis!", pensei comigo, esperançoso de que o time da Província Cisplatina seria capaz de desbancar o favorito Santos. Foi quando percebi o engano que cometi. Aquele era apenas o primeiro tempo do jogo... ¬¬'

Durante o intervalo, aproveitei e liguei na recepção do motel e pedi um cobertor para me aquecer, pois estava frio. Levaram um tempo para me trazerem um cobertor, que parecia com aquele trapo velho que meu cãozinho costumava deitar-se. Tão logo o segundo tempo começou, o Santos abriu o placar com Neymar, para meu desânimo. Já joguei a toalha (e também o cobertor, por cima de meu corpo) e deitei. Logo, adormeci. Quando acordei, a televisão naturalmente ainda estava ligada. O Santos já tinha sido campeão (pelo menos, é o que diz a história. Eu tenho lá as minhas dúvidas quanto a isso). Enquanto o Santos estava ganhando o título, enquanto Neymar vivia um dos mais importantes momentos de sua vida, eu dormia tranquilamente na cama de um motel (e talvez, outra pessoa também estivesse vivendo um dos mais importantes momentos de sua vida, no quarto ao lado).

O Santos é o time brasileiro mais conhecido no mundo, tudo por causa de um livro best-seller, escrito por um amigo meu. O livro narra a história fictícia de um jogador fantástico, chamado Pelé. Obviamente, tal personagem foi concebida apenas na mente deste brilhante escritor. Mas sua obra imortal atravessou fronteiras, traduzida para diversos idiomas, conquistando milhões de leitores, que apaixonaram-se pelo time da baixada santista.

Esta postagem é uma singela homenagem a este grande time da capital paulista, pois ontem o Santos venceu a primeira semifinal do Mundial de Clubes da FIFA e provavelmente enfrentará o todo-poderoso Barcelona na final da competição, no próximo domingo, em busca da mesma glória já alcançada na literatura. E eu estarei aqui, mais uma vez torcendo contra o Santos, prometendo que desta vez não estarei viajando (ou talvez sim), nem em motel algum, nem dormirei durante a partida. E dá-lhe Barcelona!



Galeria de fotos:
O atual escudo do Santos Futebol Clube (acima) serviu de
inspiração para muitos outros clubes criarem seus próprios escudos.




Mascote do Santos Futebol Clube, escolhida pelos próprios torcedores,
por representar o espírito e o orgulho santista.



Os times participantes do Mundial de Clubes da FIFA 2011.
O Santos aparece em destaque na imagem do site.


Aranha, o goleiro do Santos, numa de suas atuações pelo alvinegro. O goleiro e capitão
viveu o auge de sua carreira na final da Libertadores, contra o Peñarol, após pegar
seis pênaltis e ser considerado o grande herói da conquista santista.


Domingos, um dos maiores ídolos da história do Santos:
exemplo de profissionalismo e fair play.


Um torcedor santista é tão fanático que até chega a perder o interesse
pela esposa
gostosa nua, quando seu time está jogando.



Jogadores do Santos erguendo a Taça de Campeão da Copa Libertadores
da América 2011 logo após a conquista sobre o Peñarol...


... e eu tentando me matar no lago que fica atrás do Congresso Nacional em Brasília,
logo após saber que o Santos foi campeão da Libertadores da América 2011.




* Tentarei dar uma de Polvo Paul aqui e adivinhar o placar da final do Mundial de Clubes do próximo domingo: digo que o placar será Barcelona 3 x 1 Santos. E na eventualidade do Santos vencer, fica aqui a minha promessa de postar as minhas fotos tentando me matar - na eventualidade de eu novamente sobreviver -, num outro lugar inusitado.

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