quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Jornais e Crianças

Já faz algum tempo que jornal virou sinônimo de cultura do medo e das tragédias. Não entendo porque "notícia" agora limita-se apenas a acontecimentos ruins. Se você quer sentir medo, repulsa e ódio do ser humano, basta ligar seu televisor num desses programas que noticiam os diversos crimes cometidos diariamente. Tem crimes para todos os gostos: estupro de vulnerável, homicídio a sangue frio, atropelamentos envolvendo motoristas playboys embriagados, chacinas em escolas, dentre outros casos. Longe de mim querer ignorar que tais fatos estão acontecendo, mas não é apenas de coisas ruins que o mundo é feito. Por que não noticiam que nasceu uma criança? Que plantaram uma árvore? Que uma pessoa venceu sua luta contra o câncer? Que estamos na piracema? Quando falo de programas de apologia ao terror, não me refiro apenas ao programa do Datena, mas até mesmo os jornais tradicionais, que só estão narrando desgraças. Poucos são os jornais com conteúdo light, que nos permitem relaxar quando vamos assistí-lo, ao invés de despejar um monte de cocô na nossa cara. Eu particularmente, quando ligo a televisão, não estou afim de ver nada sério, mas sim de emburrecer, ou seja, não pensar em nada.

Representação de minha pessoa assistindo televisão (menos Chaves e outras raríssimas exceções).

Um dos jornais que é parcialmente mais leve, é o Jornal Hoje (incrivelmente, da Globosta), cuja apresentadora é a maravilhosa Sandra Annenberg, que, aproveito para expressar minha opinião, é intelectualmente MUITO mais gostosa do que qualquer uma das mulheres frutas que estão por aí.

Sandra Annenberg se despedindo dos telespectadores após mais uma edição do Jornal Hoje.
Sandra é um exemplo de mulher inteligente, atraente e com conteúdo, que ainda me faz
ter esperança nas fêmeas da raça humana.

E como citei crianças anteriormente, é inevitável não citar o Dia das Crianças, que foi um dia muito triste para mim. Triste pela nova constatação de que caminho [a passos largos] para a velhice. Primeiro que eu venho há algum tempo desejando um quebra-cabeças de 5 mil peças para eu montar, mas não houve um bom samaritano que me desse tal presente nesta data comemorativa, o que é um primeiro indício de que ninguém me vê mais como criança.

O meu objeto de desejo neste mundo consumista e capitalista safado: um quebra-cabeças de 24 mil peças.

Outro ocorrido que agravou minha depressão foi que eu apostei uma corrida ordinária estes dias, de menos de 100 metros e com duração de poucos segundos, porém a dor vem se estendendo por dias, sinal de que estou enferrujado. Estou sentindo dor por todo o corpo, como se eu fosse um escravo rebelde que foi amarrado no tronco e apanhou do Capitão do Mato até cansar.



A dor que sinto é semelhante a que este pobre escravo sentiu após apanhar do
Capitão do Mato. Sorte que tanto ele quanto eu somos Guerreiros de Pai José.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Sono e Morte


O sono é, sem sombra de dúvidas, o maior problema da minha vida. O excesso dele. E o sono se mata com sono. Com muitas horas de sono. No exato momento em que escrevo estas linhas, sinto vontade de chorar. Chorar de sono.

O grande problema do sono é que ele nos persegue, nos consome e nos domina quando não podemos dormir, como na aula de Ética ou durante o trabalho. Quando isto acontece, eu fico contando as horas, os minutos, os segundos e até mesmo os instantes para que a aula termine e eu possa chegar em casa e me despir totalmente (a exceção de minhas ceroulas) para dormir.

A burrice se dá pelo fato de que quando chega em casa, quase sempre o sono me abandona. E quando não me abandona, eu prefiro ficar acordado, assistindo Chaves, olhando debilmente para a tela do computador, ou até mesmo coçando meus metatarsos (cf. léxico). A última coisa que quero fazer é dormir. Não porque dormir seja algo ruim, mas é que dormir acaba sendo um atraso de vida. Por isso que eu prefiro estudar a dormir. Este é meu paradoxo: não durmo porque preciso estudar e não estudo porque preciso dormir.

Dormir, como alguém muito inteligente já disse, é como se fosse uma pequena morte. Sua mente se desliga da realidade concreta e, quando o sono é sem sonhos, a pessoa perde  toda a consciência de si e da existência. Bom, fato é que se a morte for semelhante ao sono, ela deve ser uma coisa muito linda.

Fecho este monólogo com a bela frase atribuída a Leonardo Da Vinci, que diz que "todo tempo em que pensei que estava aprendendo a viver, estive aprendendo a morrer".

Com amor, Prof. Dr. Msc. Kily



Este texto foi escrito durante a apresentação de um seminário na aula de Ética, no dia 29/09/2012. Quando escrevi este texto, não pretendia postar aqui no blog, mas sim dar vazão aos meus sentimentos. Até então, eu desconhecia que Hebe di Camargo, filha do Zezé di Camargo, havia falecido. Fui descobrir apenas no final da tarde, ao que minha mente buscou encontrar uma sincronicidade nos eventos.